quarta-feira, 14 de abril de 2010

Um dos 20 supercomputadores mais rápidos para prever clima é do Brasil!

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Um dos 20 computadores mais rápidos do mundo acaba de ser adquirido pelo Brasil. A partir do fim do ano, a máquina de R$ 31,3 milhões começa a rodar no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos, adiantou à Folha o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

O supercomputador, que receberá um nome em tupi, seguindo a tradição do Inpe, deve melhorar significativamente a previsão do tempo em um país onde meteorologia é cada vez mais uma questão de vida ou morte –vide a tragédia da última semana no Rio de Janeiro.

Mas também colocará o Brasil no seleto grupo de nações capazes de prever não apenas o tempo, com dois ou três dias de antecedência, mas também o clima, ao longo do século.

Uma de suas funções primordiais será rodar modelos de circulação global como os usados pelo IPCC (o painel do clima das Nações Unidas), para avaliar as mudanças climáticas.

Flops

O sistema foi comprado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) da empresa Cray.

Seu desempenho máximo é de 244 teraflops, ou trilhões de operações por segundo (medida padrão dessas máquinas). Só EUA, Rússia, China e Alemanha têm máquinas mais rápidas hoje. “É muito flop!”, brinca Rezende.

Só o sistema de refrigeração da máquina custou R$ 2,9 milhões. Para alimentá-la, o Inpe precisará construir uma nova central elétrica, de 1.000 quilowatts. Hoje só há 280 quilowatts disponíveis no instituto.

O coordenador da Rede Nacional de Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, compara: “Quando o Inpe recebeu seu último supercomputador, estávamos entre os 25 mais rápidos do mundo em aplicações de mudanças climáticas. Agora, estamos entre os três ou quatro mais rápidos nessa área.”

Com essa capacidade, estima Nobre, o Brasil poderá em dois anos e meio produzir seu primeiro modelo de circulação global. Atualmente, o IPCC baseia seus cenários em menos de 15 modelos desses –todos feitos em países desenvolvidos.

Amazônia

“Nosso interesse é um modelo que olhe melhor para a Amazônia e para o Atlântico Sul”, diz o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.

Isso poderá, por exemplo, ajudar a determinar se eventos extremos como a chuva do Rio neste mês ficarão mais frequentes no decorrer do século, à medida que o aquecimento global afete mais a floresta e o oceano –duas das chaves mestras do clima no Brasil. Hoje, o principal obstáculo ao desenvolvimento desses modelos é capacidade computacional.

O computador também deve ajudar a solucionar um dos gargalos da previsão do tempo no país: a resolução dos modelos.

Com o supercomputador que o Inpe tem hoje, é possível fazer previsões com dois a três dias de antecedência, de hora em hora, para áreas de 40 km por 40 km.

Isso permite previsões razoáveis -o Inpe alertou, que cairia uma chuva de 70 milímetros no Rio, algo extremo para o mês de abril–, mas “míopes”: não dá para saber, por exemplo, se em Niterói vai cair dez vezes mais água do que em uma área a 20 km dali.

Para fazer previsões mais apuradas, em áreas de 5 km por 5 km, o Inpe hoje gasta dois dias rodando o modelo no computador. “Você não prevê tão bem o desastre de verdade”, diz Haroldo Velho, pesquisador do instituto. “Agora, vamos conseguir gerar 5 km em uma hora.”

Nem só ciência

Rezende comemora a turbinada computacional, mas lembra que só isso não vai salvar vidas.

“É claro que a ciência e tecnologia podem ser melhores; precisamos integrar radares meteorológicos, por exemplo. Mas o problema no Brasil é que os sistemas municipais de alerta quase não existem, os sistemas de defesa civil são desorganizados”, afirma ele.

O ministro continua: “A previsão do evento em Santa Catarina foi feita com três dias de antecedência. Se houvesse uma preocupação com essa questão, as pessoas teriam saído das áreas mais problemáticas, o que não aconteceu”.

Fonte: http://trainingtecnologia.wordpress.com/2010/04/14/brasil-compra-16%C2%BA-mais-rapido-supercomputador-para-prever-clima/
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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Adobe considera mudanças para evitar ataque em arquivos PDF

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Em próxima atualização trimestral, companhia pode modificar aplicativos PDF para combater uso de código executável em PCs com Windows.

A Adobe Systems está considerando modificações nos seus aplicativos PDF para combater a ação de um código executável em computadores com o sistema operacional Windows por meio de anexos maliciosos em documentos PDF.

Na última semana, o pesquisador de segurança Didier Stevens detalhou uma forma de rodar um código executável por meio de um comando “launch” mesmo nos leitores de PDF da Adobe e Foxit, que não permitem isso.

O comando utilizado por Stevens é definido nas especificações PDF (ISSO PDF 32000-1:2008) sob a seção 12.6.4.5, escreveu o gerente de produtos da Adobe, Steve Gottwals.

“Esse é um bom exemplo de uma funcionalidade confiada à alguns usuários que carrega riscos em potencial quando utilizada incorretamente por outros”, diz Gottwals.

Os softwares da Adobe exibem um alerta dizendo que apenas executáveis de confiança devem ser abertos, mas Stevens também mostrou que é possível alterar parte da mensagem para persuadir a vítima a abrir o arquivo. A companhia está considerando fazer modificações nos programas.

“Estamos pesquisando a melhor abordagem para essa funcionalidade no Adobe Reader e no Acrobat,. A questão deve ser tratada durante as atualizações trimestrais dos produtos”, completa Gottwals.

As versões antigas do Foxit Reader não alertavam o usuário. Em uma atualização recente, a empresa incluiu os avisos, mas o ataque ainda pode ser realizado, segundo Stevens.

Gottwals também informou que administradores podem tomar medidas para mitigar um ataque limitando as preferências para negar pedidos de aplicações externas. Ele também deu instruções de como modificar o registro para evitar que os usuários habilitem o recurso novamente.

Fonte: idgnow
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